Inaugurado em 1982, o Centro Cultural São Paulo é um dos primeiros centros culturais multidisciplinares do país.

Lugar público por excelência, combina a oferta de programação e de serviços culturais – gratuitos ou a preços acessíveis – com a disponibilização de seus espaços e instalações para um uso plural.

Centro Cultural São Paulo

Livre e propositivo de seus frequentadores, provocando uma reflexão quanto ao papel dos espaços e serviços públicos na promoção da cultura, da criatividade, da cidadania e da autonomia em uma cidade com as dimensões de São Paulo.

O projeto, concebido nos anos 1970 por uma equipe de arquitetos liderados por Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, teve referências de grandes centros culturais multidisciplinares internacionais e contou com uma extensa pesquisa sobre as condições de acesso e proximidade com a cultura da população paulistana. O objetivo foi permitir o máximo de contato entre o frequentador e tudo o que é oferecido em seus 46.500 m².



Atualmente, o Centro Cultural São Paulo oferece:

  • um conjunto de bibliotecas multidisciplinares (entre elas a Biblioteca Louis Braille e a Sérgio Milliet, segunda maior biblioteca pública da cidade);
  • coleções e acervos da cidade (como a Coleção de Arte da Cidade, a Discoteca Oneyda Alvarenga, o Arquivo Multimeios, o Núcleo Memória do CCSP e a
    Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, entre outras);
  • uma programação de artes visuais, cinema, dança, literatura, música e teatro, além de atividades educativas, ateliês abertos, cursos e oficinas, palestras e debates, ações ligadas aos acervos e voltadas ao público infantojuvenil;
  • jardins com árvores sobreviventes da construção do metrô e que, junto com o gramado dos jardins suspensos, oferecem um raro contraponto ao visual, à sonoridade e aos ritmos do entorno;
  • espaços de estudo, de permanência, de ensaio, de acolhimento, de compartilhamento e de criação dentro de um equipamento público amplo, vivo e democrático.

A história do Centro Cultural São Paulo começa na década de 70, quando o terreno entre a rua Vergueiro e a Avenida 23 de Maio foi cedido para a prefeitura. Fruto das desapropriações ocasionadas pela construção do metrô, a área de aproximadamente 300 mil metros quadrados foi alvo de diversas especulações. Em julho de 1973, na administração de Miguel Colassuono, surgiu o Projeto Vergueiro, cujo objetivo era promover a urbanização do local, onde seriam construídos um complexo de escritórios, hotéis, um shopping center e uma grande biblioteca pública. O prazo para o término das obras era de cinco anos.

Dois anos depois, a administração de Olavo Setúbal cancelou o Projeto Vergueiro, tendo que arcar com a indenização ao consórcio Prounb, que havia vencido a licitação para as obras. Do plano antigo restou somente a construção da biblioteca pública. Para isso, foi instalada uma comissão de estudos que contava com bibliotecários, professores e o arquiteto Aron Cohen. A ideia do grupo era construir uma biblioteca moderna em que o leitor tivesse livre acesso ao material, de forma que o objetivo não seria mais guardar a informação e sim escancará-la para o público. O arquiteto Eurico Prado Lopes venceu a concorrência aberta em 1976, e as obras tiveram início em 1978.

A gestão seguinte, do prefeito Reynaldo de Barros, resolveu reformular o projeto da biblioteca e adaptá-lo ao de um centro cultural multidisciplinar nos moldes dos que estavam surgindo no mundo todo como o Georges Pompidou, fundado em 1977 na cidade de Paris (França). O então secretário municipal de cultura, Mário Chamie, alegava que a localização era ideal para a instalação de uma instituição como essa. Além disso, argumentava-se que a obra era grande demais para abrigar somente uma biblioteca. Ficou decidido, então, que o centro cultural contaria com cinema, teatro, espaço para recitais e concertos, ateliês e áreas de exposições. Os arquitetos Eurico Prado Lopes e Luiz Telles continuaram à frente do projeto.

A concepção do centro cultural foi baseada em extensa pesquisa para entender o que significava o acesso à informação em um país como o Brasil. O edifício foi projetado com o objetivo de facilitar ao máximo o encontro do usuário com aquilo que seria oferecido no centro cultural. Dessa maneira, a arquitetura do prédio não obedeceu a padrões pré-estabelecidos, privilegiando as dimensões amplas e as múltiplas entradas e caminhos.

A construção

O Centro Cultural São Paulo começou a ser construído nos últimos anos da ditadura no Brasil. A proposta de valorizar o aspecto multidisciplinar dos espaços e evitar a compartimentação foi alvo de muitas polêmicas. Nas palavras do arquiteto Luiz Telles: “Ficávamos de prontidão, para ver com o que iam implicar. Não que fôssemos subversivos, os outros é que eram retrógrados”. (para ler a entrevista completa, clique aqui)

O projeto foi amplamente discutido na mídia, pois, além de apresentar conceitos inéditos como integração e multidisciplinaridade, sua construção contou com alguns problemas de ordem técnica, já que apresentava muitas inovações arquitetônicas. Pesquisas e experimentações tiveram que ser realizadas antes que se pudesse chegar ao produto final. Para viabilizar as formas arrojadas pretendidas pelos arquitetos, utilizou-se os mais variados materiais, como vidro, aço, concreto, acrílico, tijolo e tecido.



As estruturas mistas previstas no projeto fizeram com que conceitos tradicionais de execução tivessem que ser modificados, dando lugar a novas técnicas muito específicas, em um processo que beirou o artesanal. Durante a construção do prédio, Emilie Chamie, esposa do então secretário de cultura, Mário Chamie, criou o logotipo da instituição. O desenho é a representação de uma junção de curvas e foi pensado, segundo sua criadora, a partir das estruturas do prédio.

A inauguração

A lei de criação do Centro Cultural São Paulo, promulgada em 6 de maio de 1982, estabelecia que suas funções incluíam: “planejar, promover, incentivar e documentar as criações culturais e artísticas; reunir e organizar uma infra-estrutura de informações sobre o conhecimento humano; desenvolver pesquisas sobre a cultura e a arte brasileiras, fornecendo subsídios para as suas atividades; incentivar a participação da comunidade, com o objetivo de desenvolver a capacidade criativa de seus membros, permitindo a estes o acesso simultâneo a diferentes formas de cultura; e oferecer condições para estudo e pesquisa, nos campos do saber e da cultura, como apoio à educação e ao desenvolvimento científico e tecnológico”.

A inauguração aconteceu no dia 13 de maio de 1982. O prefeito Reynaldo de Barros e o secretário de cultura Mário Chamie receberam um grande público entre convidados, participantes da obra e a população em geral. Após a cerimônia, os presentes percorreram as dependências do edifício, assistiram a espetáculos musicais com o Coral Paulistano e com o pianista João Carlos Martins e puderam apreciar as obras em exibição na Pinacoteca.

Em 1982, São Paulo possuía aproximadamente 8,5 milhões de habitantes, grande parte deles espalhada pela periferia. A intenção do centro cultural que nascia era a de agregar essa população heterogênea, fornecendo um espaço em que todos tivessem acesso aos mais variados gêneros culturais.

Mário Chamie destacou em seu discurso todo o trabalho que a obra demandou, apontando que “durante dois anos, dez meses e um dia pelas manhãs, tardes e madrugadas adentro, trabalhou-se na construção desse espaço”. Segundo Chamie, era necessário abrigar em um só espaço cultura popular e erudita, e todo tipo de manifestação cultural de grupos ou comunidades as mais diversas, para refletir “toda essa igualdade cultural brasileira que é feita justamente das diferenças”.

Centro Cultural São Paulo Programação

Para saber a programação completa acesse o site.

Centro Cultural São Paulo Biblioteca

O conjunto de Bibliotecas do CCSP é frequentado por cerca de mil pessoas a cada dia. Além de acervos somando aproximadamente 120 mil livros e documentos, também oferece espaços públicos destinados ao estudo e ao convívio.

Centro Cultural São Paulo Trabalhe Conosco

Para aqueles que almejam trabalhar em uma empresa que preza por realizar serviços da mais alta qualidade, e que zela por seus colaboradores e profissionalismo sempre, estes profissionais devem trabalhar no Centro Cultural São Paulo, acesse o site para enviar seu currículo.
Para informações sobre vagas e de como enviar seu currículo, entre em contato via telefone.

Centro Cultural São Paulo Acervo

Responsável por expressivos acervos públicos de São Paulo, o Centro Cultural realiza a guarda e a conservação de obras e documentos, além de promover ações para sua extroversão ao público.

São cinco expressivas coleções acessíveis por meio de exposições, publicações impressas e online, eventos diversos e pessoalmente, em horários específicos (e, em alguns casos, via agendamento); além de um Laboratório de Conservação e Restauro, fundamental ao cuidado das obras.

Descubra abaixo o rico acervo do CCSP e veja como acessá-lo.

  • Coleções
  • Coleção de Arte da Cidade
  • Discoteca Oneyda Alvarenga
  • Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade
  • Arquivo Multimeios
  • Núcleo Memória do CCSP
  • Laboratório de Conservação e Restauro

Horário de Funcionamento Centro Cultural São Paulo

  • Terça a sexta das 10h ás 20h / Sábado e domingo das 10h ás 18h

Onde Fica, Endereço e Telefone Centro Cultural São Paulo

  • Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo – SP
  • Telefone: (11) 3397-4002

Outras informações e site

Mapa de localização