Coloração na água gera reclamação de moradores de sete bairros de Franca


Por volta das nove horas da manhã de ontem, a dona de casa Andréa Cristina Paoly Pradela, 40, moradora do Residencial Nosso Lar, levou um susto: a água da sua máquina de lavar roupas estava com uma coloração amarela escura. “O problema é com a água da rua, que vai até a máquina. Acontece direto aqui em casa. Aí, só lavo roupas escuras, para que elas não fiquem marcadas.” Segundo a Sabesp, a coloração é causada por um coagulante que não causa males à saúde.

Andréa não é a única moradora de Franca que reclama da água “colorida”. Na manhã de ontem, no programa Show da Manhã, apresentado por Valdes Rodrigues na rádio Difusora, choveram reclamações sobre a coloração da água. O Comércio da Franca apurou que o problema aconteceu em pelo menos sete bairros diferentes do município.

Uma das moradoras que se queixou no programa mora no Parque Pinhais e preferiu se identificar apenas como Maria. “Eu tive que comprar galões de água para beber e fazer comida. Há alguns meses, houve esse mesmo problema. Falaram que era um coagulante, que a água não fazia mal, mas a gente não vai beber essa água turva”, reclamou. “Eu e meu marido não podemos tomar essa água suja e embaçada. A minha filha traz água da casa dela para a gente beber e fazer comida”, completou a dona de casa Expedita Perazini, 76, do Jardim Petráglia.



Assim como Andrea, outras ouvintes se queixaram que lavar roupas tornou-se uma tarefa mais complicada. Uma das que mais se indignou com a situação foi a dona de casa Ramira (que também não quis revelar o sobrenome), do Jardim Higienópolis. “Na segunda-feira passada foi um caos, eu passei a tarde inteira tentando lavar roupa com a água suja. Fiquei apavorada.”

A empregada doméstica Ivone Gonçalves, 50, que mora no Residencial Ana Dorothéa, pretendia lavar suas roupas na sexta-feira, mas, como a água estava amarelada, até a manhã de ontem, ela ainda não havia concluído a tarefa. “A água estava suja de sexta a domingo. Na sexta, minha roupa branca ficou encardida, e está de molho até agora. Só lavei o chão e louças com essa água.”



A água amarelada também atormentou moradoras em outros dois bairros: o Cidade Nova e o Jardim Portinari. Seis das sete entrevistadas afirmaram já ter sofrido com o problema ao menos uma vez de cinco meses para cá.

Fonte: Portal GCN




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