Após pressão, secretário é exonerado em Sumaré


O prefeito José Antonio Bacchim (PT) exonerou ontem o secretário de Segurança e Defesa Civil, Mauro Jorge Cegantin. A saída era pedida por guardas e bombeiros municipais, que acusavam o primeiro-escalão da pasta de abusos morais e psicológicos. Além de Cegantin, o comandante da corporação da Guarda Civil Municipal, Reginaldo de Morais Aguiar, também teve a exoneração publicada no Semanário Oficial da cidade. A pasta terá a volta de João José Haddad Júnior, que a dirigiu por dois anos e atualmente é secretário de Educação. Ele acumulará os cargos. Para o comando da GM, foi escolhido Alexandre Carlos da Silva.

Ontem expirava o prazo dado pelos servidores à Prefeitura para mudança no comando da pasta. Caso contrário, guardas ameaçavam uma paralisação nos serviços a partir da próxima semana. A saída foi pedida por 121 de 135 servidores da corporação, que realizaram um abaixo-assinado entregue a Bacchim. A situação também foi levada à Câmara dos Vereadores e classificada como “insustentável” pelo presidente do Sindissu (Sindicato dos Servidores Municipais em guia de Sumaré), Araken Lunardi. Este ainda afirmou em entrevista ao LIBERAL que assédios sexuais eram cometidos contra guardas da corporação feminina. Um ofício de Bacchim chegou a ser encaminhado ao Sindissu para que Lunardi esclarecesse as acusações de abuso moral, psicológico e, inclusive, sexual, relatadas. Até agora, não houve resposta ao documento.



Apesar da pressão feita pelo Sindissu, a Administração afirmou que as mudanças já eram planejadas pelo Executivo. Em nota enviada à reportagem, a Prefeitura justificou a saída. “Desde o ano passado o prefeito Bacchim já vinha discutindo internamente mudanças em seu secretariado. Em novembro passado, essas mudanças começaram com a saída do Sebastião Chagas (Obras) e, posteriormente do Roberto Vensel (Saúde). Na ocasião, o prefeito informou que outras mudanças estariam por vir e, informamos, outras mudanças ocorrerão”, explicou.

Para Lunardi, a exoneração de Cegantin não seria concretizada sem a pressão da categoria e do Sindicato. Ele qualificou o abaixo-assinado como ponto chave da mobilização. “A gente acredita que se a Administração tomou esta decisão é porque devem ter visto que nossos relatos apresentados condiziam. Nosso objetivo foi alcançado”, afirmou.

Um trecho da nota publicada no site do Sindissu pede que impessoalidade ao novo secretário. “Uma das primeiras medidas que aguardamos do novo Secretário é o cumprimento do decreto que regulamentou os plantões da Secretaria, fazendo prevalecer um dos principais princípios constitucionais que regem o funcionalismo, que é o da impessoalidade”.



Fonte: Jornal O Liberal



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