Trabalhadores da Honda encerram greve em Sumaré


Os trabalhadores da montadora Honda, de guia Sumaré, aprovaram ontem a proposta patronal de reajuste salarial de 11%, sendo 3,35% de aumento real mais 7,4% de reposição da inflação, mais abono de R$ 2.800. Com a decisão, os cerca de 3.000 funcionários encerraram a greve iniciada na terça-feira e voltaram imediatamente ao trabalho. “A proposta apresentada hoje (ontem) representa, no Estado de São Paulo, a melhor possível. Nenhuma das montadoras, nem mesmo do ABC, teve uma proposta à altura”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, Nilton de Souza Oliveira. A empresa prometeu não descontar os dias parados.

A categoria esteve dividida durante a paralisação. Na terça-feira, os funcionários do turno da manhã haviam rejeitado a proposta e não entraram na fábrica. O turno da tarde, porém, havia aceitado o acordo mas, devido ao impasse, decidiu voltar para casa. Ontem, os dois turnos fizeram uma assembleia conjunta no início da tarde, para votar a proposta patronal. “Fica impossível manter uma paralisação com os trabalhadores divididos”, discursou Oliveira, que defendeu a aprovação. Por maioria, os funcionários dos dois turnos, juntamente com o pessoal administrativo, foram favoráveis ao acordo, que tem validade a partir de 1º de setembro.



De acordo com o sindicato, o acordo garantiu aumento real de 3,75%, considerando o período de setembro de 2010 a agosto de 2011. “Avaliamos como positivo. Não é tudo o que queríamos, mas dentro do Estado é a melhor negociação”, comentou o sindicalista. O piso salarial também foi reajustado, subindo para R$ 1.600. O teto aprovado é de R$ 8.400 e para salários acima desse valor, a correção será fixada em R$ 924.

Em maio, a companhia anunciou a demissão de 400 funcionários, o equivalente a 12% do efetivo da unidade. A alegação foi a necessidade de efetuar um ajuste na produção para adequar-se ao ritmo de retomada das fábricas japonesas depois dos desastres naturais ocorridos em março. Desde junho, a Honda cortou a produção diária pela metade, passando de 600 para 300 unidades.

Fonte: Jornal O Liberal





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