Conjunto Nacional SP


O Conjunto Nacional é um edifício e centro comercial da cidade de São Paulo, Brasil. Ocupa a quadra delimitada pela Avenida Paulista, Rua Augusta, Alameda Santos e Rua Padre João Manuel.

O projeto é de autoria do arquiteto David Libeskind e caracteriza-se por ser um dos primeiros grandes edifícios modernos multifuncionais implantados na cidade de São Paulo.

Conjunto Nacional SP

O conjunto começou a ser construído em 1952, após a decisão do empresário judeu argentino José Tjurs de edificar uma grande construção na Avenida Paulista – a qual, até então, possuía caráter predominantemente residencial. Sua intenção era reunir em um mesmo prédio hotel e centro comercial. No final dos anos 1950, como a prefeitura não permitiu a construção do hotel no local, foram executadas algumas modificações no projeto original de David Libeskind. A construção do Conjunto Nacional demorou três anos.

O complexo caracteriza-se pela mistura de diferentes usos em uma mesma estrutura urbana: verificam-se no Conjunto Nacional os usos residencial, comercial, serviços e lazer. A relação entre os usos coletivos – comércio, lazer – e os usos privados – residências – dá-se pela composição entre duas lâminas: na lâmina horizontal, que ocupa toda a quadra na qual se implanta o edifício -, encontra-se uma galeria comercial e na lâmina vertical, a qual ocupa apenas uma parte da projeção do terreno, encontram-se os apartamentos.



As galerias convergem para uma área central, onde uma rampa conduz ao mezanino. Ali, há quatro entradas disponíveis (uma em cada uma das ruas que formam a quadra onde se situa o prédio). A lâmina superior conta com 25 pavimentos, que dispõem de três entradas independentes. A galeria proposta no Conjunto Nacional transformou-se em um paradigma arquitetônico para projetos de edifícios similares na área central de São Paulo durante a década de 1950.

O Conjunto Nacional apresenta restaurantes (entre eles o Grill Hall, o Tenda Paulista, o Súbito e o Restaurante Viena), escritórios e outros tipos de estabelecimentos de comércio e prestação de serviços (como drogarias, casa de câmbio, academia e lojas), além da maior livraria da América Latina em área construída, a Cultura. Abrigou por muitos anos o Cine Astor e o Restaurante Fasano. O Conjunto Nacional apresenta também uma unidade da Caixa Cultural, em que ocorre exposições de arte e apresentações de teatro e dança. Em 2005, a edificação foi tombada pelo Condephaat, o conselho estadual de defesa do patrimônio histórico e arquitetônico.

Conjunto Nacional SP Lojas

Oferece aos visitantes, um leque rico de lojas e estabelecimentos – todos distribuídos pelos principais andares do edifício: no bloco comercial, o térreo (construído em 1958), disponibiliza mais de 60 lojas de comércios pontuais, que englobam desde farmácias, restaurantes, livrarias e lojas de vestuários até sorveterias, agências bancárias e cinemas.

Já, no edifício comercial estão situados empreendimentos de diferentes proporções: enquanto, no Horsa I, existem 562 estabelecimentos de pequeno e médio porte (consultórios, imobiliárias, empresas de informática etc.); no Horsa II são 107 empreendimentos de maior porte, como, por exemplo, multinacionais, nacionais, consulados e escritórios de advocacia.

Conjunto Nacional SP Metrô

A estação de metrô mais próxima do edifício é a Consolação (Linha 2 – Verde).

Conjunto Nacional SP Livraria Cultura

A livraria ocupa, dentro do Conjunto Nacional, um espaço de 4 300 metros quadrados distribuídos por três pisos. Suas prateleiras reúnem livros, CDs, DVDs, gibis, vinis raros, além de alguns itens de papelaria e acessórios para eletrônicos. Palco de concertos, shows, noites de jazz, palestras, cafés filosóficos e noites de autógrafos, é a principal loja da rede, onde também está localizado o Teatro Eva Herz. Leitores de todos os gêneros e idades passam horas nos pufes coloridos folheando alguma novidade. É difícil sair dali sem nenhum pacote.



Conjunto Nacional SP Projeto

No início dos anos 1950, José Tjurs planejava idealizar em São Paulo um grande edifício, que deveria reunir em um único espaço um hotel, restaurantes, bares, cinemas, lojas comerciais e de prestação de serviços, além de escritórios e apartamentos residenciais com serviço de hotelaria. Também queria ver a Paulista tornar-se a Quinta Avenida de São Paulo. Mas, para tanto, alguém precisava dar o passo inicial, e esse alguém seria ele.

A primeira providência foi comprar a mansão que pertencia à família de Horácio Sabino, que ficava exatamente na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta. Para concretizar o audacioso empreendimento, Tjurs realizou uma espécie de concurso para a elaboração do projeto, que teve a participação de diversos arquitetos. Para surpresa dos concorrentes, foi escolhido o projeto de David Libeskind, de apenas 26 anos, recém-formado e quase desconhecido.

Ao iniciar as obras, em 1954, Tjurs dava a largada para a futura ocupação comercial da avenida. A lâmina horizontal, concluída em 1958, cobria todo o andar térreo, que formava uma ampla galeria onde se cruzavam quatro amplos corredores que formavam uma praça de 1.600 metros quadrados, com entradas pela Avenida Paulista e pelas ruas Augusta, Padre João Manoel e Alameda Santos.

A construção da torre que abrigaria o Hotel Nacional de São Paulo foi vetada pelas autoridades: não era permitido construir hotéis na Avenida Paulista. Então Tjurs mudou o projeto e reduziu a lâmina vertical para três edifícios de 25 andares: um residencial, o Guayupiá, com apartamentos de 180 a 890 metros quadrados, e dois comerciais: o Horsa I, para pequenos escritórios e consultórios, e o Horsa II, para empresas de grande porte. Em 1962, a lâmina vertical estava pronta, com 120 mil metros quadrados de área construída.

Como José Tjurs havia planejado, o Conjunto Nacional era, de fato, uma cidade dentro da cidade. Depois de concluído, o edifício passou a ser um marco na cidade de São Paulo, que ostentava um novo cartão-postal, e anunciava novos tempos para a Avenida Paulista, dando a largada para a verticalização de toda a região. O edifício também deu início à valorização do metro quadrado dos terrenos das mansões, que com a chegada do poder financeiro, nos anos 1970, alcançaria valores astronômicos, uma tendência que transformaria radicalmente a avenida.

Conjunto Nacional SP Estacionamento

O visitante que chega de carro ao Conjunto Nacional tem à disposição os serviços da rede Autovagas Estacionamentos.

O edifício possui dois andares subterrâneos para estacionamento, com cerca de 700 vagas, com entrada pela Rua Padre João Manoel, que dá acesso ao piso térreo.

A Autovagas oferece a seus usuários um bicicletário com 20 vagas, localizado no 1º subsolo. Para utilizá-lo, o ciclista deve levar sua própria corrente de segurança para prender a bicicleta. O serviço é gratuito.

Horário de Funcionamento Conjunto Nacional SP

  • Segunda a sexta das 7h às 22h / Sábado e domingo das 10h às 22h

Onde Fica, Endereço e Telefone Conjunto Nacional SP

  • Av. Paulista, 2073 – Consolação, São Paulo – SP
  • Telefone: (11) 3179-0000

Outras informações e site

Mapa de localização



📂 Lugares em São Paulo