São José dos Campos conquista o oitavo título nacional de rugby


A tarde deste domingo (30) foi de festa para o São José Rugby. A equipe do Vale do Paraíba venceu o SPAC por 25 a 18 na final do Super 10 – Campeonato Brasileiro de Rugby 1ª Divisão, conquistando o seu oitavo título nacional e confirmando a hegemonia da última década na modalidade.

Desde 2002, ano do primeiro triunfo, os joseenses só não levantaram a taça em 2005, 2006 e 2009. A vitória teve um sabor ainda mais do que especial, já que a equipe do interior paulista volta para casa com o Troféu Ange Guimera, uma homenagem prestada pela Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) a um dos maiores incentivadores da modalidade no País. O francês, falecido no mês de julho deste ano, era presidente de honra do clube do interior.

“Dedicamos esse título a ele e a sua esposa, dona Ilma, que veio até Embu entregar a premiação. Não foi fácil chegar até aqui, a cada ano a competição está se tornando mais difícil, todas as equipes estão evoluindo e nós não podemos parar, temos que crescer juntos. Nossa vantagem novamente foi um elenco forte e de qualidade, temos mais de 30 pessoas treinando regularmente e mesmo quem não esteve nessa final, contribuiu para que o São José conquistasse mais esse título”, comentou Lucas Duque, o Tanque, um dos destaques da partida, convertendo seis penais para os joseenses.

A decisão
Jogando no Estádio Hermínio Espósito, em Embu das Artes, SPAC e São José fizeram uma partida equilibrada, que acabou definida nas penalidades cobradas no primeiro tempo. Logo nos primeiros minutos de jogo, o SPAC abriu o placar com Leandro Amaral, o Leco, de penal. Não demorou muito, o São José empatou com um penal de Tanque, que depois converteu mais três penalidades, deixando a equipe joseense com vantagem de 12 a 3.

Na segunda etapa, o SPAC voltou melhor. Leco diminuiu para a equipe da capital convertendo um penal, mas depois viu Tanque acertar mais duas penalidades para o São José. O time da zona sul de São Paulo continuou avançando até que, aos 20 minutos, Felipe Claro, o Alemão, fez um try, convertido por Leco. Cinco minutos depois, Fabinho marcou um try para o São José, convertido por Tanque. O SPAC seguiu pressionando e com a ajuda do TMO (árbitro de vídeo), Marcelo Toscano, teve o segundo try de Alemão validado. Com dez minutos para o apito final, os paulistanos mostraram muita determinação mantendo a posse de bola. O SPAC ficou a poucos metros do in goal, bem próximo de anotar o terceiro try, mas a defesa joseense se comportou bem e conseguiu segurar o ataque até que o final da partida, que acabou 25 a 18 para os joseenses.



“Foi um jogo difícil. Não conseguimos implementar nosso padrão de jogo no primeiro tempo, mas mostramos muita garra na segunda etapa. Levamos a melhor nos line outs, mas o scrum joseense foi muito forte. Todos os jogadores do SPAC estão de parabéns, eles cresceram bastante durante a temporada, criaram um ambiente sólido e um conjunto muito unido, espero que isso continue na próxima temporada”, comentou Timothy King, treinador do clube paulistano.



A campanha joseense
Conquistando o título de maneira invicta, o desempenho joseense foi impecável. Na fase de grupos, vitória sobre BH (34 a 8), Desterro (15 a 14), Pasteur (45 a 7) e Farrapos (26 a 3). Nas quartas-de-final, a equipe do Vale do Paraíba derrotou o Rio Branco por 36 a 5. Nas semifinais voltou a encarar o Pasteur, vencendo novamente o time da capital paulista por 19 a 16. Na final, uma partida com final eletrizante contra o SPAC, ganhando pelo placar de 25 a 18. O time do interior somou 200 pontos, sendo 26 tries, 17 conversões e 12 penais.

“A equipe está se renovando, temos muitos jovens com potencial e isso certamente fará com que o clube continue crescendo. Hoje perdemos um pouco o controle do jogo na segunda etapa, mas acabamos suportando a pressão e soubemos crescer na hora certa, aproveitando as oportunidades. O SPAC é uma equipe de muito valor, mostrou porque foi finalista do Super 10 e foi um grande adversário nessa decisão”, relatou Maurício Coelho, treinador do São José Rugby.

Os campeões de 2012:
1- Clair (pilar), 2- Duda (hoocker/pilar), 3- Léo (pilar), 4- Julião (segunda-linha), 5- Harry (segunda-linha), 6- Matias (terceira-linha), 7- Spani (terceira-linha/oitavo), 8- Saulo (terceira-linha/oitavo), 9- Guto (half-scrum), 10 – Putim (abertura/fullback), 11- Vico (ponta), 12- Dú (centro), 13- Tanque (centro), 14- Caio (ponta), 15- Pêlo (fullback), 16- Pão (pilar), 17- Nico (pilar/hoocker), 18- Plínio (hoocker), 19- Carlão (segunda/terceira-linha), 20- Fabinho (terceira-linha), 21- Túlio (ponta/fullback), 22- Pedrinho (centro/ponta), 23- Zezinho (ponta/half-scrum). Comissão técnica: Ignácio “Nacho” Ferreyra (treinador), Maurício Coelho, Fabiano Ferri (Fisioterapeuta).

Maior pontuador do torneio
Com 102 pontos, Leco foi o artilheiro do torneio e levou para casa o troféu de maior pontuador do Super 10 em 2012. Em segundo lugar, ficou Tanque, com 66 pontos, e em terceiro Bernardo, do Bandeirantes, com 60 pontos.

“Infelizmente o campeonato não acabou da forma como esperávamos, mas temos que aprender com nossos erros, deixar o que passou e iniciar um novo trabalho para a temporada 2013″, disse Leco, abertura do SPAC.

Outras definições da tabela
Neste sábado (29), o Pasteur foi até Florianópolis e venceu o Desterro por 17 a 12, garantindo a terceira colocação no torneio. O Rio Branco foi superado pelo Farrapos, por 20 a 18, deixando os gaúchos de Bento Gonçalves com a quinta colocação. Já o Bandeirantes perdeu para o Curitiba Rugby/Unibrasil por 24 a 18, ficando com a oitava colocação.

BH e Tornados de Indaitauba definem quem disputa o Super 10 de 2013 – Após ser derrotado pelo Niterói por 31 a 11 na disputa pelo 9º lugar, o BH disputará no dia 6 de outubro, contra o Tornados de Indaiatuba (SP), campeão da Copa do Brasil – Brasileiro de Rugby 2ª Divisão, a repescagem do Super 10. Se vencerem o jogo, os mineiros permanecem na primeira divisão, mas se perderem, terão de disputar a Copa do Brasil em 2013.



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