Reforma da Casa da Cultura de Joinville não tem previsão de término


Interditado desde agosto de 2011, o prédio da Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior continua fechado. Os movimentos, cores e sons que por 40 anos deram vida ao local estão sendo ensinados e praticados em outros locais da cidade. O retorno, previsto para poucos meses após a interdição, ainda não tem data definida para ocorrer. Durante todo o ano passado vários prazos foram dados e nenhum foi cumprido.

Na época da interdição, os alunos ficaram quase dois meses sem aula até que fossem acomodados em novos locais. Em 2011, a previsão era que aulas recomeçassem em janeiro de 2012. Assim que a nova direção da Fundação Cultural assumiu em janeiro deste ano, a intenção era que até março todas as atividades voltassem a ser desenvolvidas na sede da Casa da Cultura, mas a expectativa não foi atendida.

Mara Beatriz Souza, gerente da Fundação Cultural de Joinville (Estado de SC), revela que a reforma na sede da Casa da Cultura foram retomadas, mas que não há como dar prazo para a conclusão dos trabalhos. “Foram encontrados mais problemas, como as infiltrações no telhado. Só vamos voltar para a sede quando o prédio estiver 100%, oferecendo total segurança na cidade de Joinville com salas adequadas para receber os alunos”, afirma.

Em maio de 2012 a Construtora Prado, de São Francisco do Sul, venceu a licitação para realizar o trabalho e o prazo de conclusão era de seis meses. No final do ano, o trabalho foi interrompido por falta de pagamento à empresa. No contrato estavam previstas as substituições das instalações elétricas e hidráulicas, o serviço de drenagem, além de pintura e reparos gerais.



“Agora está tudo acertado com a empreiteira e o trabalho foi retomado”, afirma Mara. Há 15 dias a construtora recomeçou os trabalhos da rede elétrica, que já teve 30% do trabalho feito. A reforma das calçadas está quase finalizada e drenagem do terreno já foi concluída, assim como a rede de esgoto.  “Em três meses terminamos esses trabalhos contratados”, informa Samir Schlickmann, estagiário da construtora.



Serão necessárias novas licitações

Assim que a pintura começou, foram encontrados problemas de infiltração na cobertura por causa de telhas quebradas, que não estavam previstas na licitação. Agora será preciso nova licitação ou processo de escolha de empresa semelhante para que uma empresa realize o trabalho e só depois a pintura seja finalizada.

Outro problema encontrado é a instalação do para-raio. A especificação do telhado é a diferente da contratada e está impedindo que a construtora realize o serviço por causa de normas técnicas de segurança. “Se a burocracia não emperrar o andamento, os prazos podem ser cumpridos”, afirma Samir.

A Vigilância Sanitária interditou a sede da Casa da Cultura na rua Dona Francisca, no Saguaçu, porque o prédio apresentava mofo, infiltração, goteiras, umidade e também problemas na parte elétrica e estrutural. Até o fim de 2012, as aulas da Escola Municipal de Ballet ocorriam na Estação da Memória mas, até que a Casa da Cultura fique pronta, vão ser realizadas Academia Andança, no bairro Anita Garibaldi.

As aulas da Escola de Música Villa-Lobos e da Escola de Artes Fritz Alt ocorrem em prédio onde funcionava a Exatoria Estadual, na rua Dona Francisca, no Centro, onde também funciona a secretaria, biblioteca e as coordenações da Casa da Cultura. As exposições da Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew estão sendo realizadas no Sesc, no bairro América.

Fonte: Notícias do Dia



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