PM de Franco da Rocha suspeito de ajudar ladrões de casas é preso


Mais um policial militar foi preso em São Paulo sob suspeita de colaborar com quadrilhas de ladrões de condomínios e de imóveis de alto padrão. É o terceiro PM preso na investigação da Polícia Civil, mas um deles foi solto na segunda (9).

Dario Roberto do Carmo, que atuava no 26º Batalhão (Franco da Rocha), foi preso por volta das 5h desta terça. Outros dois PMs já haviam sido presos –um deles foi liberado após descartada a sua participação com a quadrilha.

Os dois PMs que estão presos são suspeitos de receber dinheiro para repassar informações sobre o patrulhamento da Polícia Militar nas regiões onde os ladrões escolhem seus alvos para atacar.

O policial preso nesta terça já foi investigado pela Polícia Civil, em 2009, sob suspeita de recolher dinheiro de propina para a tenente-coronel Elizabete Soliman, que era do 31º Batalhão, na cidade de Guarulhos (Grande SP). Em março de 2009, a tenente-coronel foi presa pela Corregedoria da PM sob a suspeita de chefiar um esquema de extorsão de dinheiro de donos de máquinas caça-níqueis e bingos em Guarulhos e em cidades vizinhas –e libertada dias depois.

ASSALTOS



No domingo (8), 14 pessoas foram presas –entre elas um PM– pelo Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) sob suspeita de planejar um arrastão a um prédio de 36 apartamentos na rua Pedro Pomponazzi, na Vila Mariana (zona sul de SP).

Os 13 suspeitos estavam em uma casa na rua Cora, no Ipiranga (zona sul), e planejavam sair dali às 3h para invadir o prédio. A polícia chegou antes e frustrou a ação.



Na casa, foram apreendidos celulares, coletes –um deles com emblema da Polícia Civil–, um fuzil, duas metralhadoras, além de cinco algemas de aço e dezenas de plástico, que seriam usadas para imobilizar as vítimas.

Segundo o delegado Nelson Silveira Guimarães, diretor do Deic, o grupo provavelmente foi o responsável pelo arrastão a um prédio de classe média alta no Paraíso, no último dia 3.

Na ocasião, um ladrão se vestiu de carteiro para entrar no edifício e render o porteiro. Cerca de 20 moradores foram agredidos, entre eles um juiz do Tribunal de Justiça Militar e seu segurança, um sargento do Exército.

O grupo preso é suspeito ainda de comandar roubos contra feirantes orientais na capital paulista.

A polícia também investiga se esse mesmo grupo tem envolvimento com a morte de um PM durante um ataque a caixas eletrônicos em Santo André (ABC Paulista), em julho do ano passado.

Na ocasião, os policiais foram recebidos a tiros pelos ladrões. Um dos policiais foi atingido e morreu e outros três ficaram feridos.

O suspeito preso hoje não falou em depoimento à polícia. O advogado dele não foi localizado pela reportagem.

OUTRO PM

Na quinta-feira, outro policial militar, Rafael Carlos Rebollo Ragate, 35, foi preso sob suspeita de colaborar com um grupo de assaltantes de casas na zona oeste. Entre os alvos estavam os bairros dos Jardins, Butantã e Morumbi.

As investigações apontam que ele fornecia informações privilegiadas sobre o patrulhamento da PM nos bairros para ajudar a quadrilha.

Fonte: Jornal de Floripa



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