Policiais militares mataram anteontem à noite o empresário Ricardo Prudente de Aquino, 39 anos, com dois tiros na cabeça, durante uma abordagem na avenida das Corujas, na Vila Madalena (zona oeste de SP).
Três PMs foram presos em flagrante sob a suspeita de homicídio doloso (com intenção de matar).
Segundo familiares e amigos da vítima, Aquino voltava da casa de um amigo, no bairro Alphaville (Grande SP), e estava a dois quilômetros do prédio onde morava com a mulher.
Ele foi alvejado com dois tiros na cabeça (na região da têmpora, do lado esquerdo), em seu Ford Fiesta.
De acordo com os PMs, o empresário desobedeceu a duas ordens de parada –uma feita na praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiros (conhecida como praça Pôr do Sol), no Alto de Pinheiros (zona oeste), por PMs que aplicavam uma multa de trânsito em um outro motorista, e a segunda na av. das Corujas.
Dois carros da PM e oito policiais participaram da perseguição e cerco à vítima.
Resposta
O advogado Fernando Fabiani Capano, defensor dos três PMs presos, disse ontem que seus clientes “seguiram o estrito cumprimento do dever legal”.
Ele afirmou ainda que, por conta da onda de ataques a policiais no mês passado, seus clientes estavam trabalhando sob forte pressão e que esse aspecto, em sua opinião, contribuiu para o desfecho da abordagem a Ricardo Prudente de Aquino.
O defensor afirmou ainda não existir requisito legal para seus clientes continuarem presos.
“Vou solicitar à Justiça a liberdade provisória de meus clientes. São bons policiais, que possuem endereço fixo, vínculo formal de trabalho e nunca responderam a processos”, disse.
O defensor afirmou que seus clientes estão “chateados” com a morte da vítima. “Foi uma fatalidade.”
Fonte: Agora São Paulo